sábado, 23 de dezembro de 2017

Manifestação: “Exigimos trabalhar com segurança”, protestam comerciantes de Natal

No texto, que classifica os últimos atos como 'barbárie', as instituições ressaltaram que o clima de medo está acarretando perdas para o comércio e o turismo.

José Aldenir/ Agora Imagens
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Nesta semana, com a "greve branca" dos policiais civis e militares, bandidos realizaram diversos arrombamentos 

Entidades que representam o comércio potiguar divulgaram uma nota conjunta nesta sexta-feira, 22, em que pedem a adoção de medidas emergenciais pelo Poder Público para reduzir os índices de criminalidade. Nesta semana, com a “greve branca” dos policiais civis e militares, bandidos realizaram diversos arrombamentos e saques a lojas em Natal, aumento a sensação de insegurança e prejudicando o faturamento do comércio no final do ano.

No texto, que classifica os últimos atos como “barbárie”, as instituições ressaltaram que o clima de medo está acarretando perdas para o comércio e o turismo. “Além dos prejuízos materiais dos estabelecimentos invadidos, vimos a população, tomada pelo medo, evitar sair de casa, esvaziando as ruas e trazendo ainda mais perdas para o comércio. O turismo também se vê extremamente prejudicado, visto que, diante das notícias do clima de insegurança que paira sobre a cidade, operadoras e hotéis já começam a registrar pedidos de cancelamento de pacotes”, diz a nota, intitulada “Exigimos o direito de poder trabalhar com segurança”.

De acordo com as associações, o quadro de violência constatado na capital potiguar gera um “círculo vicioso”, pois, sem segurança, os setores de comércio, serviços e turismo não faturam e, consequentemente, o Estado diminui sua arrecadação de impostos, tendo menos caixa para honrar os compromissos – como o pagamento dos servidores públicos ou a realização de investimentos. “Eles [os segmentos] representam 60% do ICMS pago aos cofres públicos”, destacam as instituições que representam os empresários.

Por fim, de maneira contundente, a nota apela aos agentes de segurança pública a adoção de providências e solicita “união” dos poderes públicos para resolver a crise. “Esperamos que os Poderes Públicos, todos eles, assumam suas responsabilidades. E que cumpram o seu papel de nos deixar trabalhar em paz”, finaliza o texto.

A nota foi assinada por quatro entidades – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL), Federação das Associações Comerciais do RN (Facern) e Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal).

Confira a nota na íntegra:

EXIGIMOS O DIREITO DE PODER TRABALHAR COM SEGURANÇA

Nos últimos dias, temos visto, estarrecidos e indignados, o nosso Estado e, em particular, a cidade do Natal, registrarem atos que em muito se assemelham à barbárie. Criminosos têm promovido verdadeiros “arrastões” e invasões a estabelecimentos comerciais espalhando terror e apreensão em todos nós.

Com isso, além dos prejuízos materiais dos estabelecimentos invadidos, vimos a população, tomada pelo medo, evitar sair de casa, esvaziando as ruas e trazendo ainda mais perdas para o comércio. O turismo também se vê extremamente prejudicado visto que, diante das notícias do clima de insegurança que paira sobre a cidade, operadoras e hotéis já começam a registrar pedidos de cancelamento de pacotes por parte de turistas que estavam prontos para aportar em nosso estado.

Ressalte-se ainda que, no caso do comércio, a situação ganha contornos ainda mais graves, em virtude do período do ano que vivemos. Uma época em deveríamos estar contabilizando o aquecimento das nossas vendas e tentando tomar um mínimo de fôlego, já no final de um ano que foi, novamente, muito difícil para todos.

Com todo este quadro, nunca é demais lembrar que está sendo criado um perigosíssimo círculo vicioso. Sem segurança, comércio, serviços e turismo não faturam. Como eles representam 60% do ICMS pago aos cofres públicos e respondem por metade dos empregos gerados neste Estado, se eles não faturam, fica muito claro que o Estado também vê suas receitas despencarem. Sem receita, não há como honrar compromissos, como os pagamentos de salários e a fornecedores ou o investimento na melhoria das estruturas de segurança e saúde, apenas para citar dois pontos.

Por tudo isso, as entidades abaixo assinadas vêm a público externar sua enorme preocupação com a situação que estamos vivendo e exigir das autoridades que sejam adotadas providências urgentes, no sentido de garantir aos empresários o direito de poder trabalhar com segurança e seguir gerando emprego e renda. Também reforçamos o apelo aos agentes públicos de segurança que procurem olhar esta situação também com estes olhos. A nós parece muito claro que, somente com união iremos transpor todas as dificuldades.

Esperamos que os Poderes Públicos, todos eles, assumam suas responsabilidades. E que cumpram o seu papel de nos deixar trabalhar em paz.

– Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN).
– Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL RN).
– Federação das Associações Comerciais do RN (Facern).
– Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal).

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